Confira então os 10 alimentos transgênicos que já fazem parte da cadeia alimentar.
- Soja – Existem vários tipos de soja transgênicas sendo desenvolvidas atualmente. No Brasil, a soja transgênica ocupa quase um terço de toda a área dedicada à agricultura. A CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) liberou cinco variantes da planta, todas tolerantes a herbicidas. Os subprodutos da soja para consumo humano são: óleo, leite de soja, tofu, bebidas de frutas e soja (todos com proteínas transgênicas). No Brasil, a Monsanto já está na produção da segunda geração da soja transgênica.
- Milho – No Brasil, 18 variantes de milho geneticamente modificado foram autorizadas pelo CTNBio, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que aprova os pedidos de comercialização de OGMs. Além do milho há vários subprodutos modificados como amido, glucose – usados em alimentos processados (salgadinhos, bolos, doces, biscoitos, sobremesas). Espigas, flocos, milho em lata, milho para pipoca, farinha de milho amarela, fubá também são encontrados na versão transgênica.
- Óleo de cozinha – Óleos extraídos de soja, milho e algodão, os três campeões entre as culturas geneticamente modificadas.
- Arroz – Vários tipos de arroz estão sendo testados, principalmente na China, que busca um cultivo resistente a insetos. O mais famoso é o “arroz dourado”, geneticamente modificado e enriquecido com betacaroteno, que é convertido no organismo em vitamina A. Desenvolvido por cientistas suíços e alemães, o “arroz dourado” está sendo testado em países do sudeste asiático e na China.
- Feijão – Depois de anos de pesquisa, a Empresa Brasileira para Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conseguiu em 2011 a aprovação na CTNBio para o cultivo comercial de uma variedade do feijão carioca, que foi geneticamente modificado para ser resistente ao vírus do mosaico amarelo, tido como o maior inimigo dessa cultura no país e na América do Sul. É o primeiro produto geneticamente modificado desenvolvido por uma instituição pública brasileira. As sementes devem ser distribuídas aos produtores brasileiros em 2014.
- Salmão – A FDA, agência reguladora de alimentos e remédios nos EUA, declarou que o salmão geneticamente modificado não trazia riscos para a saúde e o meio ambiente. Segundo a Embrapa, o salmão pode ser consumido pelo ser humano. No entanto, ainda se discute se há riscos para o meio ambiente, já que os transgênicos foram criados para crescer mais rápido. Isso significa que se eles forem para a natureza, podem disputar o alimento com os peixes normais. E como crescem mais rápidos, podem sair em vantagem na disputa por alimentos e levar os peixes normais à extinção.
- Mamão papaya – Cerca de 85% da papaya do Havaí vem de uma variedade geneticamente modificada para combater um vírus devastador para a planta. Não é vendida no Brasil, nem na Europa. O mamão papaya transgênico possui dois genes, sendo que um deles torna a planta resistente ao vírus da mancha anular, ou mosaico, responsável por grandes prejuízos nas plantações da fruta.
- Queijo – Para fermentar o leite e transformá-lo em queijo, os laticínios utilizam a quimosina, enzima produzida por uma bactéria. As enzimas são isoladas e depois colocadas no soro do leite para coagulá-lo e produzir o queijo. Como a quimosina é eliminada do produto final, o queijo não precisa conter a rotulação obrigatória com a informação de que é um alimento geneticamente modificado.
- Pão, bolos e biscoitos – Vários ingredientes usados em pão e bolos vêm da soja, como farinha (em proporção pequena), óleo e agentes emulsificantes como lecitina. Outros componentes podem derivar de milho transgênico, como glucose e amido. Também há entre os aditivos mais comuns, alguns que podem originar de micro-organismos modificados, como ácido ascórbico, enzimas e glutamato.
- Abobrinha – Nos Estados Unidos e Canadá são plantadas e comercializadas seis variedades de abobrinha resistentes a três tipos de vírus. Ela não é vendida no Brasil ou na Europa.